quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CAMINHANDO SEM DESTINO



Estou a caminhar sem destino nesses últimos dias, não vejo mais o azul do céu, não vejo mais pássaros a voar, nem mais vida nas flores. O jardim que ontem estava cheio do perfume das rosas, hoje já não tem mais aroma, e meu destino nada mais é que o vazio. Por que as batalhas nunca acabam? Eu vejo um mundo sem movimento, sem pessoas, sem formas de vidas, vejo realmente que meus olhos não conseguem ver mais nada.

Não quero lutar, não quero armas e nem guerras agora, não tenho forças para continuar. Estou ao relento no vazio dessa jornada inatingível de pensamentos e espero que isso um dia acabe. O mundo não será mais o mesmo, os dias contados são parte de uma história triste, onde a humanidade falece de sua própria analogia.

Pessoas que gritando por socorro perderam seus sentidos, morreram do calor desconhecido que habita seus anseios. A escada que se desloca para a escuridão turbulenta se torna mais sombria, e os perigos do escuro ressurgem como um manto invisível. Não tenho pretensão de voltar, pois se este é meu destino vou apenas caminhar sem vida, sentindo que meu coração vai explodir de meu peito.

A cada curva da jornada vejo cicatrizes em meu corpo, marcas de uma guerra interminável, de uma voz sussurrando dentro de mim, “você agora está sozinho”, “lute”, “lute”, e ao mesmo tempo que minha energia se esgota, sinto que ainda há um brilho que me conforta, embora não saiba como alcançá-lo.

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